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Precisamos dar luz aos desafios sociais da agenda ambiental”, diz Renata Piazzon, à frente de megainiciativas de ação em rede

Todos os dias, milhões de escolhas são feitas por indivíduos, empresas, governos e mercados. Se nosso presente é reflexo dessas escolhas, quais passos precisamos dar para construir um futuro mais justo, próspero e sustentável? Está cada vez mais claro que a colaboração e o pensamento sistêmico são o caminho para construirmos um novo mundo. A própria natureza opera por essa inteligência que a tudo interliga e que sustenta as mais diferentes formas de vida. Renata Piazzon sabe bem disso. Ela está à frente de duas plataformas que incorporam o espírito de colaboração tão necessário para mudarmos realidades: o Instituto Arapyaú e a plataforma Uma Concertação pela Amazônia.
Renata Piazzon,
9.09.2022

Diretora do Instituto Arapyaú e secretária executiva da plataforma Uma Concertação pela Amazônia é a nova convidada do podcast Entre no Clima, do Um Só Planeta

Todos os dias, milhões de escolhas são feitas por indivíduos, empresas, governos e mercados. Se nosso presente é reflexo dessas escolhas, quais passos precisamos dar para construir um futuro mais justo, próspero e sustentável? Está cada vez mais claro que a colaboração e o pensamento sistêmico são o caminho para construirmos um novo mundo. A própria natureza opera por essa inteligência que a tudo interliga e que sustenta as mais diferentes formas de vida. Renata Piazzon sabe bem disso. Ela está à frente de duas plataformas que incorporam o espírito de colaboração tão necessário para mudarmos realidades: o Instituto Arapyaú e a plataforma Uma Concertação pela Amazônia.

O primeiro, que completa 15 anos em 2023, desenvolve ações e apoio estratégico para organizações e grupos que trabalham para promover o desenvolvimento sustentável no país. Do Arapyaú brotaram articulações monumentais, como a Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura, primeira aliança multissetorial brasileira composta por grupos que mal dialogavam no passado — empresários, produtores agrícolas, pecuaristas e organizações da sociedade civil — em busca de soluções para uma economia de baixo carbono. Outro exemplo é a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), uma organização apartidária do terceiro setor que procura desenvolver lideranças políticas para colocar a ótica da sustentabilidade nessa arena.

“A gente realmente acredita no poder da colaboração e estamos numa posição muito privilegiada de conexão entre poder público, privado, sociedade civil, academia e governos. Para resolver problemas complexos, precisamos de soluções em rede, colocar todo mundo na mesma mesa para conversar e construir soluções coletivas”, afirma Renata, que é diretora do Arapyaú, ao podcast Entre no Clima, do Um Só Planeta.

Da visão de juntar diferentes atores para pensar o desenvolvimento da região amazônica, surgiu há dois anos a Concertação pela Amazônia, que atualmente conta com mais de 500 lideranças. No ano passado, a rede marcou presença na reunião de clima da ONU COP26, que aconteceu em Glasgow, na Escócia, com o lançamento de uma agenda pelo desenvolvimento da Amazônia.

Secretária executiva da Concertação pela Amazônia, Renata explica que o detalhamento das propostas será apresentado em breve num plano de 100 dias para os governos federal, subnacional e Congresso Nacional. “Nosso objetivo este ano é propor atos normativos, ações concretas e diretrizes programáticas para serem adotadas nos primeiros dias do novo governo”, diz. Um dos esforços é pela valorização da sociobiodiversidade amazônica, conciliando desenvolvimento do capital natural com justiça social.

Ela lembra que a principal queda do desmatamento no Brasil, atingida em 2012, foi muito pautada numa agenda de comando e controle, que não veio acompanhada de uma visão de desenvolvimento econômico para as pessoas que vivem lá. “Quando a gente traz o conceito da sociobiodiversidade, a gente traz um olhar mais sistêmico e integrado do que o ambientalismo vinha fazendo. É quase como um novo ambientalismo que a gente inaugura. É um olhar para o desenvolvimento social, econômico e para o enfrentamento do desmatamento, com o favorecimento da agenda ambiental na região, trazendo um olhar mais integrado e sistêmico para a Amazônia”, defende. “Precisamos dar luz aos desafios sociais da agenda ambiental”.

O olhar que a iniciativa traz para a Amazônia engloba também saúde, economia, segurança pública e setores como saneamento e educação, que acumulam deficiências históricas – a região tem os piores índices no país de acesso a coleta e tratamento de esgoto e de desempenho escolar. Na sala de aula, inclusive, está uma das mais novas cruzadas da Concertação: levar a Amazônia para o ensino médio em todos os estados do Brasil.

“Amazônia é determinante no enfrentamento da emergência climática e para o futuro do Planeta. Ela tem ganhado um papel central nos debates nacionais e nos debates internacionais. Porém, o que ainda nos falta é enxergar a Amazônia como central também no desenvolvimento do país”, pontua. Para isso, nada melhor do que pautar nossas escolhas em conhecimento.

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